Blog do Andros Conteúdo com credibilidade, bom humor e independência
O deputado estadual Joel da Harpa protagonizou uma cena que muita gente gostaria de ver. Foi pra cima de homens que faziam cobranças ilegais por estacionamento em uma área pública, nas proximidades do Cais de Santa Rita, no centro do Recife. Os flanelinhas exigiam entre dez e quinze reais para permitir que motoristas deixassem seus veículos no local, um verdadeiro absurdo.
Olhar o carro de alguém e receber algo por isso, se o proprietário quiser, é uma coisa. Agora, impor um valor como se fosse uma taxa obrigatória é outra bem diferente. É extorsão. E quem vive na cidade sabe que essa prática vem se espalhando cada vez mais, principalmente durante grandes eventos, quando a capital parece ser tomada por esses homens que agem sem medo e, muitas vezes, na presença de agentes públicos, como guardas municipais.
Esse cenário escancara a falta de ação da Prefeitura do Recife, comandada por João Campos. É dever do município fiscalizar e impedir que o espaço público seja transformado em território privado. Quando a gestão fecha os olhos, os flanelinhas se sentem à vontade para agir como se fossem proprietários das calçadas e avenidas do município.
Falo por experiência própria. Já fui vítima dessa situação no Recife e, mesmo diante da insistência e do tom ameaçador, não aceitei pagar o que considerava uma cobrança injusta. É revoltante ver um espaço público ser transformado em negócio particular, diante da inércia de quem deveria garantir a ordem.
Por isso, a atitude de Joel da Harpa merece os nossos parabéns. Ao confrontar os flanelinhas, ele deu voz a uma indignação coletiva. É o tipo de posicionamento que deveria se tornar corriqueiro, abrindo caminho para que as pessoas comuns tomem coragem e denunciem ao policial mais próximo em busca de punição para o espertinho. Que outros tenham a mesma coragem e que a Prefeitura, enfim, cumpra o seu papel. O Recife não pode continuar nas mãos dos “donos da rua”.
13/10/2025 às 21:16 – Por Andros Silva
