Ao assumir o segundo mandato presidencial nos Estados Unidos da América (EUA), Trump prometeu exterminar em poucos dias ou semanas as guerras em curso no planeta terra. Ordenou aos países beligerantes que voltassem aos seus ninhos de amor e paz senão imporia consequências funestas aos desobedientes.
Para demonstrar que falava sério, bombardeou uma cadeia de montanhas onde se supunha que o Irã construía, com tecnologia própria, sua primeira bomba atômica, oito metros abaixo da superfície do solo. Uma superbomba penetrou a encosta montanhosa despedaçando o sonho iraniano de constituir-se em breve uma potência bélica nuclear, capaz de aumentar o terror que intimida o mundo.
Dias passaram, semanas foram gastas e o furor morticida dos combates entre os estados conflitantes em nada foi contido ou amortecido. China, Coréia do Norte e Rússia deram-se as mãos em sinal de apoio recíproco caso os EUA se constituam em perigo ameaçador contra qualquer dessas potências. Donald Trump, na verdade, adora conflitos.
Os países que se guerreiam atualmente são demasiado fortes para serem enfrentados sem grande prejuízo. Que briguem uns contra os outros, está tudo bem. Melhor é combater a Venezuela, de potencial bélico inferior, e prender Nicolás Maduro por tráfico internacional de drogas e crimes contra os direitos fundamentais dos que ousam discordar das atrocidades e coações do seu governo.
Vencido esse combate, com motivação declarada mais do que justa, resta anexar o território venezuelano ao domínio dos EUA, livre da herança maldita do chavismo e do madurismo. Só então o vencedor, inocente que é, bem intencionado que nunca deixou de ser, perceberá quão rico é o subsolo do território apropriado.

José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
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09/09/2025 às 10:50