Clínicas oftalmológicas têm sentido um aumento nos casos de conjuntivite nas últimas semanas. Para os especialistas, o crescimento está relacionado ao fim das restrições impostas pela pandemia de Covid-19. De acordo com o oftalmologista Fernando Ventura, diretor do IOFV, a flexibilização, somada à estação do ano em que vivemos e as novas cepas gripais explicam o porquê deste problema.
“O próprio covid aumentou o número de casos de conjuntivite. A conjuntivite tem uma ligação muito próxima com as infecções e inflamações de vias aéreas. O olho tem ligação com o nariz, e o nariz com a boca. Tudo é um sistema único. Antigamente, a oftalmologia e otorrinolaringologia eram especialidades irmãs”, disse Fernando Ventura, que acrescentou:
“Estamos passando por uma fase de reaproximação, onde as máscaras estão sendo derrubadas. Além disso, estamos na primavera, que costuma ter aumento de casos de conjuntivite, e várias novas cepas gripais estão circulando pelo mundo. Estamos vivendo a conjuntivite primaveril no Hemisfério Sul, que ocorre o aumento natural por conta do período”, explicou o oftalmologista.
O relaxamento do uso de máscaras e a higienização das mãos facilita a contaminação porque as pessoas tocam mais o rosto com as mãos contaminadas por vírus que causam a conjuntivite. A volta dos ambientes aglomerados e a retomada do contato físico agem como facilitadores da transmissão.
CONJUNTIVITE
A conjuntivite é a inflamação da conjuntiva, membrana que recobre a parte branca visível do globo ocular. A doença pode ser causada por vírus, bactérias ou alergia, e os principais sintomas são: irritação e sensação de areia nos olhos, visão borrada, lacrimejamento, olhos vermelhos, dor ao olhar para a luz, secreção com pus ou aquosa, e pálpebras inchadas.
14/11/2022 às 11:53 – Com informações da assessoria
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