Quem demonstrou descontentamento nesta terça-feira (17) com a esquerda foi o pastor e deputado estadual Júnior Tércio, do PP. O esposo da deputada federal Clarissa, que é pré-candidata à Prefeitura de Jaboatão, subiu à tribuna na Alepe e expressou sua opinião para criticar o que ele chamou de “constantes perseguições da esquerda às igrejas”.
A indignação do parlamentar se deu porque, segundo ele, a esquerda brasileira faz questão de atacar as igrejas e culpá-las por tudo o que acontece. “Agora, deputados de partidos que considero como ‘puxadinhos do PT’ estão tentando investigar uma igreja em Goiás pela morte da querida influenciadora Karol Eller, que todos sabem que sofria de depressão profunda”, afirmou o evangélico.
Homossexual, Karol ganhou fama enquanto morava nos Estados Unidos, compartilhando sua rotina no país. No Brasil, rapidamente se tornou uma influenciadora bolsonarista. Ela faleceu na quinta-feira (12/10) em São Paulo, aos 36 anos. Nas redes sociais, a ativista com laços estreitos com a família Bolsonaro compartilhou mensagens como “perdi a batalha” e “lutei pela pátria”, sugerindo que tenha tirado a própria vida.
Deputados federais do PSol enviaram, na segunda-feira (16/10), uma representação ao Ministério Público Federal pedindo que a igreja Assembleia de Deus de Rio Verde, em Goiás, fosse investigada pelo retiro “Maanaim”, que supostamente teria o objetivo de promover a “cura gay”. O local teria sido frequentado por Karol Eller uma semana antes de ela morrer.
“O que aconteceu com Karol foi uma tragédia que abalou nossos corações, mas a igreja não tem nada a ver com isso”, afirma Júnior, acrescentando que “não há mais espaço no Brasil para intolerância religiosa.”
“A igreja, além de ser o hospital da alma, realiza trabalhos sociais voltados para pessoas usuárias de drogas, moradores de rua e presta apoio de forma voluntária àqueles que têm problemas mentais e aos mais necessitados, tudo sem receber um centavo de recurso público”, concluiu o Pastor.
17/10/2023 às 21:52 – Por Andros Silva