Aderval Barros. Foto: Gonzaga Júnior

Entrevista: Aderval detalha sua ligação com Paulo Roberto, revela quem lhe deu o título de implacável e fala sobre a saída de Geraldo Freire da Rádio Jornal


Numa tarde ensolarada, o radialista e comentarista esportivo Aderval Barros chegou à base do Blog do Andros, localizada em Candeias, Jaboatão dos Guararapes.

Com pontualidade britânica, o conhecido comunicador não atrasou nem um minuto. Às 15h30, como combinado, estava na recepção do empresarial pronto para subir ao sétimo andar e detalhar sua ligação com Paulo Roberto, prefeito de Vitória, onde atualmente atua como gestor da pasta de Assistência Social, Juventude e Cidadania. Ele também revelou quem lhe deu o título de implacável, que se tornou sua marca registrada, e falou sobre a saída de seu amigo Geraldo Freire da Rádio Jornal, emissora para a qual também trabalhou.

Barros também abordou o Jogo Certo, programa esportivo que apresentava até pouco tempo na TV Nova Nordeste, e compartilhou sua opinião sobre a atração, atualmente comandada pela dupla Diego Pérez e Fernanda Durão. Durante a entrevista, houve uma breve menção à possibilidade de se candidatar a vereador no município onde integra a gestão.

O papo, acompanhado de perto por Gonzaga Júnior, do Hoje Pernambuco, e Nizinha Lins, social media de ambos os veículos, está imperdível e você, caro leitor, confere a íntegra abaixo.

Aderval Barros em entrevista ao Blog do Andros. Foto: Gonzaga Júnior


Andros Silva: Aderval, é um prazer te receber aqui na base do Blog do Andros e do Hoje Pernambuco. Sou um admirador e há muito tempo acompanho seu trabalho no rádio e na TV. Vamos começar do começo? Gostaria de saber a sua cidade natal e um pouco da sua infância.

Aderval Barros: Eu que agradeço o convite, obrigado a vocês por este espaço. Eu gosto muito de falar, de contar histórias. Se você abrir o meu Instagram tem lá, “feliz é aquele que tem história para contar.” Eu sou oroboense, nasci em Orobó no dia 09 de outubro de 1958, vou completar, se Deus quiser, 65 anos. Eu só fiz nascer em Orobó, fiquei apenas seis meses em Orobó, meu pai mudou para São Vicente Ferrer e quando eu tinha quatro anos ele saiu de São Vicente e foi morar em Olinda, mas precisamente em Peixinhos. Toda a minha formação, educação foi em Peixinhos. Estudei no Colégio Abreu e Lima, Monsenhor Fabrício e no Cândido Pessoa. Só sai de Peixinhos com 46 anos. 

E como a comunicação entrou na sua vida?

Eu não sou graduado. Quando eu comecei a trabalhar no rádio, nos idos de 78, não se exigia o diploma de jornalista, só a partir dos anos 80 que começaram a exigência, mas quando a lei chegou, eu já estava lá, então já reivindiquei o meu registro profissional e me tornei jornalista, radialista de direito adquirido. Com o passar do tempo eu fui para a universidade, quando eu cheguei na universidade…

Pensou: “Vou aprender mais o que aqui, que já sei tudo” (risos)

Eu não sabia tudo, mas eu trabalhava na Rádio Jornal e eu tinha lá os melhores editores, tinha os melhores produtores, eu tinha os caras que, poxa (risos), viviam com a mão na massa.

Os verdadeiros professores, não é?

Eu tinha na universidade, professores que nunca tinham entrado em um estúdio de uma rádio. Eu fui da primeira turma de Jornalismo da Universo, abandonei no segundo período. Por que, o que eu iria ter? Um diploma e eu até brincava, eu dizia: “só vou ter um diploma de intelectual, mas isso não me interessa, não vai melhorar a minha vida em nada”.

“Toda a minha formação, educação foi em Peixinhos. Estudei no Colégio Abreu e Lima, Monsenhor Fabrício e no Cândido Pessoa. Só sai de Peixinhos com 46 anos”

Mas de fato o diploma não te faz falta?

Hoje me faz falta, porque eu poderia lecionar. Mas só por isso, porque eu tenho muito conhecimento. Eu tenho história, não passo isso para frente nas universidades por não ser graduado, mas graças a Deus também tenho outros, como MBA em Marketing, seminários, workshops, cursos de relações humanas e administração. No período que eu trabalhei na Rádio Jornal, era o período do Bompreço, que o Bompreço assumiu a Rádio Jornal, seu João Carlos Paes Mendonça (dono do grupo) investia muito no ser humano, eram quatro, cinco qualificações por ano que a gente tinha que fazer e aquilo foi o que me norteou para eu construir a carreira profissional que eu acabei construindo. Então eu não tenho a graduação, mas tenho conhecimento que certamente a graduação não me daria.

Mas qual foi o teu primeiro programa e quem de fato te levou para o rádio e para a televisão?

O meu primeiro programa foi em dezembro de 78. Acho que vocês nem eram nascidos, (Andros: “eu sou de 86″/Gonzaga Júnior: “cinco anos depois eu nasci”) então, faz tempo, eu comprei um horário na então Rádio Continental do Recife, aos sábados, mas no horário da Voz do Brasil. No sábado não tem Voz do Brasil e a emissora vendia o horário. Comprei para fazer o programa “Aderval Barros e Você”, ver que merda (risos), um programa musical. Foi um amigo meu que me levou, Gilson Marcos. Veja, eu era vendedor de móveis, eu tinha um fusquinha e viajava vendendo móveis, pegava o interior de Pernambuco, da Paraíba, do Rio Grande do Norte até Mossoró. Eu ganhava bem, meu fusquinha era tala larga, pesquisem no Google, quem tinha um com toca fita Roadstar, eram os caras bombados.   

Era o Roberto Carlos (risos)

Era, as meninas tudo em cima (risos), eu era magrinho e cabeludo… Aí quando Gilson Marcos me levou na rádio, ali perto da antiga Viana Leal, na Rua da Palma, edifício Ouro Branco, quinto andar, num sábado à tarde, eu gostei do que vi e comprei o horário. Foi Tony Sena inclusive, que era operador de lá, quem disse: “tem um horário para vender aqui”. Foi assim que de fato tudo começou. 

Você já mencionou que ganhava bem na época de vendedor de móveis. E no começo do rádio? Ganhava bem?

Nos anos 80 só existiam duas rádios FM, Caetés e Transamérica, a Transamérica sempre foi rádio pop, e aí a Caetés ficou como rádio popular. Tony, que tinha um vozeirão muito grande, o operador da Continental, já era locutor na rádio Caetés, eu estava viajando e um certo dia, eu recebi um recado dele que ele queria conversar comigo. Ao encontrar ele, ele disse que tinha uma vaga de locutor na rádio. Eu disse: “eu não posso, viajo e só volto na sexta-feira à noite, por causa do meu trabalho de vendedor”. Aí passou, em 81 eu casei, meu primeiro filho nasceu em 82. Quando meu filho nasceu, eu viajando direto, não era brincadeira, vendo acidente, eu querendo ficar com meu filho, aparece outra vaga na rádio e Tony me ligou de novo. Aí foi oferecido, vou passar um paralelo aqui, uma comparação, eu ganhava 3 mil como vendedor e passei a ganhar 300 reais na rádio. Minha esposa que ajudou a segurar as pontas na época, foi uma mulher guerreira. Ela também trabalhou e me ajudou a tudo isso dar certo. Foi contra no início, mas depois fez por onde não atrapalhar o meu sonho. 

“Eu tinha na universidade, professores que nunca tinham entrando em um estúdio de uma rádio”. Foto: Gonzaga Júnior

Foi um perrengue danado por um período, não?

Vendi meu carro, fui andar de ônibus, peguei uma crise na Rádio Jornal, ali em 85, ralei demais, andava a pé da Rua do Lima (no bairro de Santo Amaro) para o Náutico (no bairro dos Aflitos), para fazer a cobertura do Clube Náutico pela Rádio Jornal, porque eu só tinha o dinheiro da passagem ou para ir, ou para voltar, eu tinha uns 23, 24 anos. Aí depois veio a minha filha…

São quantos filhos?

Três, Diego, Maria Paula e João Aderval Barros. Diego trabalha no Consulado do Brasil na Finlândia, mora lá há 11 anos, Maria é cirurgiã-dentista, é casada, tenho essa netinha aqui, maravilhosa, a alegria do vovô, (Aderval mostra a foto da neta através do seu celular, linda por sinal) e João, o mais novo, é formado em Ciência da Computação. Eu só vim ganhar dinheiro no rádio para comprar um carro novo, em 91, porque em 90 eu assumi a coordenação de esportes da Rádio Jornal.

E como surgiu o bordão “implacável”, que virou literalmente sua marca?

Em 92 eu era repórter e Roberto (Queiroz) me promoveu para comentarista. No futebol Andros, hoje não mais, mas antes todos tinham um slogan. Roberto Queiroz era o garganta de aço e eu era o repórter esperto, “Aderval Barros o repórter esperto”. Num certo dia Roberto pediu sugestões durante uma reunião e Léo Medrado sugeriu “o comentarista implacável” e na hora todos abraçaram. Eu achei arretado.

E o coveiro? Também te chamam assim!

Um dia eu estava no debate com três presidentes de clubes, se eu não me engano era o saudoso Fernando Pessoa do Sport, José Neves do Santa Cruz e André Campos do Náutico. Cada um que falasse melhor dos seus times. Era eles falando bem e eu falando mal, uma confusão esse programa, tudo que eles falavam de bem, eu falava de mal, eu era uma peste nesta época (risos), aí um disse: “o futebol de Pernambuco está assim porque ele é o coveiro do futebol de Pernambuco” (risos). Pegou e começaram a me chamar de coveiro. 

Aderval ouve atentamente a pergunta sobre a saída de Geraldo Freire da Rádio Jornal. Foto: Gonzaga Júnior

Falando em Rádio Jornal. E a saída drástica do Geraldo Freire da emissora, aparentemente chateado, triste, sem despedida, o que aconteceu alí Aderval?

Eu vivi uma situação deste nível, de sair da Rádio Jornal. De escolher, de decidir sair. Eu sei porque Geraldo saiu.

E vai dizer para a gente agora! (risos)

Foi pelas mesmas causas que eu sair. (risos)

E quais foram as causas que levaram Aderval e Geraldo a sair da grande Rádio Jornal? (risos)

A rádio deixou de ser humana e passou a ser mecânica de resultados econômicos. Claro, qual o empresário que coloca um negócio e quer ter prejuízo? Nenhum, tem que ter resultado financeiro, aquilo não é brincadeira, mas você não pode colocar só o cara com uma máquina de calcular nas mãos. E eu acho que Geraldo foi perdendo o comando, foram tirando dele os espaços.

Tirando a autonomia dele no programa?

Na programação da rádio. Ele (Geraldo) tinha o domínio de tudo. Mexeram na rádio toda e ele sempre tinha opinião. Na época que o diretor era Paulo Fernandes, ele sempre opinava em tudo. Resumindo, o que culminou na saída dele foram as mudanças constantes na programação e, eu soube, que, se tiver alguém para desmentir, que desminta, ele tinha perdido também o comando da pauta do debate (famoso quadro do programa Super Manhã, apresentado por Geraldo), que ele queria convidar fulano, sicrano e diziam “não”. Ele foi se aborrecendo, se arretando, inchando e aconteceu o que aconteceu. Ah, também teve a saída do Wagner Gomes, já estava virando uma dupla, Geraldo e Wagner. Geraldo não é mais criança, ele encontrou no Wagner um cara que dava sustentabilidade para ele e de repente tiraram o Wagner. Não tenho a menor dúvida que essa foi a gota d’água, diante das insatisfações que já estavam acontecendo.

“O que culminou na saída dele foram as mudanças constantes na programação. Ele tinha perdido também o comando da pauta do debate”

Ele não foi até o Dr. João Carlos, dono do sistema de comunicação, fala da sua insatisfação?

Embora ele tivesse acesso direto a seu João Carlos, eu acho que ele se achou no direito de não estar atrás de seu João Carlos para ficar falando: “olhe estão se metendo na pauta do programa”, Geraldo nunca foi disso. Eu imagino como doeu para Geraldo tudo isso, eu não estive ainda com ele depois do ocorrido, mas deve ter sido muito difícil.

Vamos falar agora da sua atuação na gestão do prefeito Paulo Roberto, em Vitória de Santo Antão. Como você conheceu o Paulo e como chegou até a assumir uma pasta na cidade?

(risos) Paulo Roberto é amigo meu do futebol, ele não era o dono do Vitória.

Ele sorriu, “que pergunta ingênua”, pensou (risos)

(Risos) Nada. Lembra do Vitória da década de 90? Conheci ele no futebol, e ele sempre ligava muito para mim, a gente conversava, ele sempre elogiava muito meu trabalho, até nas vezes que eu criticava algum jogador dele. Nunca teve “mi-mi-mi” com ele. Aí a gente foi se conhecendo melhor, ele tem a UNIFACOL (uma instituição privada de ensino credenciada pelo Ministério da Educação) e nas festas sempre me chamava. Eu passei a conhecer a família, ficar amigo mesmo dele. Quando ele se meteu na política, me chamou para trabalhar com ele nas campanhas. Eu fazia o guia eleitoral, era apresentador do guia no rádio e na televisão e com isso passei a ser um cara ainda mais conhecido em Vitória. Na última campanha política, eu não pude trabalhar para ele, eu trabalhava na assessoria de comunicação da Assembleia Legislativa (de Pernambuco, Alepe) e em Vitória tem três deputados, um é Joaquim, que é aliado de Paulo, e dois são oposição a Paulo lá. O presidente da Assembleia me chamou (Eriberto Medeiros), sabendo ele dessa minha ligação, disse: “deixa eu te pedir um negócio, não bote sua cara na campanha de Paulo não, que a gente tem três deputados aqui com pensamentos diferentes, mesmo que um seja do seu lado, mas complica a minha vida aqui, der um apoio por trás se for o caso, mas não apareça” aí eu liguei para Paulo e disse que não ia. “Fique tranquilo, não quero prejudicar você em nada”, me disse Paulo. Paulo se elegeu, fui lá, participei da festa, aí passou o tempo, ele montou o secretariado dele, eu acompanhei tudo pela internet, estava trabalhando tranquilo na Assembleia, quando no dia primeiro de janeiro, no dia da posse, ele me ligou às sete horas da manhã, me deu feliz Ano Novo e mandou eu ir para tomar posse como secretário de Governo.

E quando mudou para a pasta que ocupa agora?

Seis meses depois, ele disse: “vou fazer a dança das cadeiras. Eu vou mudar os secretários. Vou te tirar do Governo e vou te colocar na secretaria de Assistência Social.” E hoje estou na Assistência Social Juventude e Cidadania. Montamos uma boa equipe e estamos fazendo um trabalho muito bonito.

Aderval relembra como conheceu Paulo Roberto, prefeito de Vitória. Foto: Gonzaga Júnior

Este envolvimento em Vitória, te aguça o interesse em disputar uma vaga na Câmara? Aguça. Essa palavra existe (risos)?

(Risos) Existe sim. Eu não tenho essa pretensão Andros, agora eu não posso dizer que dessa água eu não beberei. Que amanhã o prefeito pode dizer, “eu preciso de uma Câmara forte e preciso que você seja candidato e a gente vai trabalhar para eleger você”, eu estou no jogo, eu estou no barco, não posso dizer “não” para o cara. Eu não entrei no time? Isso é time, política é time, é missão, ou você entra, ou você sai.

Mas já chegou a ter uma conversa neste sentido com o prefeito?

Não. Isso a gente tem que ter muito cuidado, temos uma base aliada que precisamos conversar tudo com calma.

Para finalizar, tem acompanhado o Jogo Certo, programa que você começou na TV Nova? O que tens achado da dupla agora à frente da atração Diego Pérez e Fernanda Durão?

Eu não tenho visto. Confesso que esse tempo todo eu não vi nenhum programa. Neste período Pedro Paulo (dono da emissora) já conversou comigo, perguntando exatamente isso e eu digo sempre o seguinte, tem coisas que não adianta ir de encontro, remar contra a maré. E aí eu discuto tese. Domingão é de quem?

Faustão?

Então como se coloca Domingão do Hulk? Nunca o povo vai esquecer Faustão. Caldeirão é de quem? Do Hulk. Caldeirão é Hulk, não é Mion e não vai ser nunca. Então o Jogo Certo é Aderval.

Foto: Gonzaga Júnior

Polemizou (risos)

Coitado do Diego, eu tenho pena dele. Ele pode ser o melhor do mundo, mas tem que mudar o nome e o estilo do programa. Já disse isso a Pedro Paulo. Tem que mudar, as pessoas julgam. E pior, a maioria julgam para o mal. “Esse cara não presta” porque ele compara, não tem como não comparar. O modelo do programa é arretado, mas aquilo é um modelo Aderval Barros. Então eu tenho certeza absoluta que quando sentar Pedro, Diego e Fernanda, eles vão criar um programa muito melhor do que o Jogo Certo. Com a identidade deles, enquanto estiver neste formato aí, eu serei sempre o carma deles. As pessoas sempre, como já disse, vão me comparar a ele e ele a mim. Sempre vão colocar defeito. O Diego é um apresentador melhor que eu.

Está sendo modesto.

Mas ele é. Eu tenho um estilo, mas ele tecnicamente é melhor. Rapaz, ele é um fenômeno, ele estuda, pode ver as redes sociais dele. Bichinho, é domingo de noite, ele publica lá: “estudando o jogo de hoje” eu nunca fiz isso na minha vida (risos). Ele é preparadíssimo. Diego é para está na Globo. Mas foi eu quem colocou ele nessa enrascada, (risos) a culpa é minha (risos). Fui eu que convidei e ele aceitou. Até porque ele queria voltar para o cenário. Mas eu acho e vou continuar insistindo com a tese de se criar um produto novo, diferente, que não seja a cara e a linguagem de Aderval.

Aderval, muito obrigado por dedicar um tempo para conversar comigo. Como falei no começo, foi um prazer grande te receber aqui. Deixa aí uma mensagem final para os nossos leitores.


Muito obrigado pelo espaço. A mensagem que eu deixo é a seguinte: Hoje eu vivo em um ambiente muito político, que é muito exigido e tem que ser. Agora a responsabilidade não é só da política. A gente só tem bons políticos e políticos ruins, por causa do povo. Eu considero que todo cidadão tem dois patrimônios. Você pode ter casa, iate, avião, nada disso é patrimônio na minha opinião. Um patrimônio é conhecimento e o outro patrimônio é o voto. Se eu votar certo, vou ter políticos bons, se eu votar errado, terei políticos ruins e toda sociedade vai pagar as consequências disso. Então não venda seu voto e vote sempre com dignidade, com conhecimento.



17/07/2023 às 10:26 – Por Andros Silva

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