Pesquisar sobre as intenções de voto não se aventuram a precisar qual o resultado da eleição presidencial do próximo dia dois de outubro. Suas estimativas sujeitam-se a erro e a percentual de acerto, logo são inexatas, concluindo por aproximação. O eleitor vai às urnas preocupado com o futuro dele e do Brasil, baseando-se em marketing que constrói a imagem positiva ou negativa dos candidatos, muitas vezes menos valiosa do que a experiência dos marqueteiros.
Nem sempre vence o melhor postulante ou prevalece a lógica do quantitativo de pessoas agrupadas por sexo, cor da pele, profissão, exercício da sexualidade, ser jovem, maduro, bonito ou idoso. Assim, embora haja mais eleitoras do que eleitores, e as mulheres sejam tão capazes e desenvoltas quanto os homens, hoje, na campanha para se elegerem Presidente, não conseguiram o merecido destaque a exemplo de Simone Tebet.
Ciro Gomes, com toda sua vida política integra e produtiva no Ceará, com todo o fulgor da sua inteligência não deslanchou para um patamar confortável da intenção de votos. Não se despreza a bagagem de conhecimentos dos candidatos, mas se deles não for construída uma boa imagem, sedutora do eleitor, mesmo quando falsa, torna-se difícil que cheguem ao poder.
O eleitor com frequência na hora do voto pergunta a si mesmo: “Será que estou votando certo?” Assim, conhecido o resultado da votação, tem-se certeza de que venceu a democracia, o que não se sabe é se a escolha do vencedor foi a melhor para o Brasil. Nem sempre a maioria está com a razão. Torcemos para que no próximo domingo ela esteja iluminada e acerte o caminho para vencer a fome, a miséria, o subdesenvolvimento, a incultura, a corrupção.
Basta de famintos, de analfabetos, de moradores de rua, de desemprego, de sofrimento.
José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
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28/09/2022 às 12:28