Na saga épica da política local, Elias Gomes, agora convertido ao petismo, parece ter garantido sua passagem direta ao Monte Olimpo do Partido dos Trabalhadores. O oferecido para ser seu guia nessa jornada? Ninguém menos que Alexandre Padilha, ministro da Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, que eleva o pré-candidato a prefeito de Jaboatão a patamares dignos dos deuses gregos.
Com uma confiança que rivaliza com a certeza matemática de que 2 + 2 são 4, o integrante do governo Lula assegurou que o desempenho “fantástico” de Elias Gomes como prefeito do Jaboatão, reconhecido “local, nacional e internacionalmente”, o credencia plenamente a reassumir de forma épica o cargo no futuro próximo. Uma narrativa que certamente ressoa como música celestial aos ouvidos de Elias Gomes.
No último sábado (18), durante um encontro em um restaurante na Zona Sul do Recife, Padilha, entusiasmado como um garoto convidado para participar de grupos de pessoas adultas, declarou estar “à disposição para cair em campo” nesta fase de pré-candidatura, prometendo dedicar empenho em prol do novo nome do partido. Uma cena que poderia facilmente ser comparada à euforia de uma criança em um parque de diversões.
A ostentação destinada ao membro recém-convertido pelas estrelas políticas parece não ressoar com o grande público, incluindo os leitores deste blog, residentes em Jaboatão. A cada publicação, uma avalanche de mensagens negativas direcionadas a Elias Gomes, essa quase nova figura mitológica contemporânea criada pelos petistas, é apresentada.
Empolgação interna nestes tempos é sempre válida e natural, mas é preciso alinhar isso com quem está um tanto quanto mais distante: o detentor do título de eleitor. Caso contrário, os exageros não alcançam os efeitos desejados. Fica a dica para uma abordagem mais equilibrada e condizente com a realidade percebida por muitos habitantes da cidade.
21/11/2023 às 19:24 – Por Andros Silva