Após identificar um grande envolvimento de menores de idade com o uso e tráfico de drogas no município de Ipojuca, o promotor de Justiça Eduardo Leal dos Santos recomendou à prefeita Célia Sales a criação de Centros de Atendimento Psicossocial – Álcool e Drogas (CAPS/AD).
“A principal mão de obra do tráfico são os adolescentes e estes permanecem no crime enquanto usuários. Nesse sentido, também se justifica a urgência. Ipojuca e Porto de Galinhas correm risco de se tornarem um centro de elevada violência exatamente por causa das drogas e dos adolescentes estarem cada vez mais envolvidos com o tráfico”, alertou Eduardo.
O promotor ressaltou ainda que o atendimento às crianças e adolescentes usuários de substâncias psicoativas deve ser realizado inicialmente pela rede de atenção primária, com médicos treinados para identificar e encaminhar os casos aos serviços especializados de atenção secundária e terciária, como Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), hospital dia, unidades de atendimento emergencial, leitos de internamento e residências terapêuticas.
O Ministério Público de Pernambuco fixou prazo de seis meses para a implementação das medidas recomendadas, cabendo aos gestores municipais informar mensalmente as medidas já adotadas para dar cumprimento à recomendação, publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE da quarta-feira (2).
Em tempo… É preocupante e causa espanto saber que uma cidade com 1 bilhão em receita por ano, não tem sequer um centro do tipo para tratar dos jovens em situação de dependência química. Já se vai seis anos da atual gestão e a prefeita não teve a sensibilidade de designar uma pessoa para pensar e trabalhar ações voltadas a esse público tão vulnerável.
04/02/2022 às 13:29 – Por Andros Silva
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