Neste 2 de fevereiro, o calendário marca 25 anos sem o cantor e compositor que mudou o jeito de fazer música em Pernambuco, porque não dizer no Brasil. Principal expoente do Movimento Mangue Beat, Chico Science nos deixou em 1997. O músico dirigia um Fiat Uno branco, placas KHH-7486, veículo de sua irmã Gorete França, quando perdeu o controle ao descer o viaduto do Tacaruna e se chocou contra um poste na altura do Complexo de Salgadinho, divisa de Olinda e Recife.
Aquela altura, Olinda fervia com as prévias carnavalescas e Chico optou pelo Fiat por ser um carro pequeno, fácil de estacionar, já que o seu, com 5,4 metros de comprimento e dois metros de largura, um Ford Landau 1979, chamado carinhosamente por Chico de “papa-gasolina”, tomaria muito espaço.
Este blogueiro não teve o prazer de conhecer Chico em vida, tinha apenas 11 anos, mas seu legado me fez fã do seu trabalho tempos depois e assim, ele segue vivo na lembrança de quem curtiu a sua passagem meteórica por esse país chamado Pernambuco e nos corações das novas gerações. Salve Chico!
Em tempo… A ideia do caranguejo com cérebro em comprar o Landau, dizem os amigos, era para “tirar onda de bacana”. O carro, usado pelos ricos e poderosos na década de 70, não tinha o mesmo valor, financeiramente falando, nos anos 90, época em que Chico o comprou. Mesmo sendo considerado um modelo ultrapassado, ainda se mantinha cultuado pelos admiradores de automóveis antigos, como eu. Não faz muito tempo, o histórico e lendário veículo foi exposto em uma exposição em homenagem ao cantor, ocorrida no Shopping Tacaruna, centro de compras instalado a poucos metros de onde morreu o artista.
02/02/2022 às 11:04 – Por Andros Silva