Emílio Duarte, procurador-geral da Câmara de Vereadores de Jaboatão dos Guararapes, que chegou junto com a nova presidência, protagonizou sua primeira polêmica. Ele acusou a delegada Patrícia Domingos de ter usado a Operação Caixa de Pandora, deflagrada em 2016 e que sacudiu a cidade, para se promover politicamente.
Em entrevista ao Diario de Pernambuco, Duarte disse que ela “tendia a andar mais rápido com operações contra aqueles que davam mais mídia e holofote, porque ela tinha interesses políticos” e foi além, relembrando sua candidatura ao comando da capital pernambucana: “a então titular da delegacia foi depois candidata à Prefeitura do Recife, recebendo quase R$ 3 milhões do seu partido, o Podemos”.
Patrícia, de fato, tentou a Prefeitura do Recife em 2020, mas não foi eleita. Em 2022, buscou uma vaga na Alepe como deputada estadual pelo PSDB e hoje é suplente. Quando a entrevistei para o blog tempos atrás, ela se mostrou firme, sem fugir das perguntas, nem mesmo das mais duras.
As declarações de Emílio surgem no momento em que ele defende o vereador Charles Motorista, que teve seu nome novamente ventilado na mídia por ligação com a operação.
Nos bastidores, Emílio carrega a fama de “super advogado”. Com um gordo salário bancado pelo contribuinte jaboatonense, ele agora se dedica a blindar vereadores. Talvez por isso tenha se empolgado tanto nos ataques à delegada, que, apesar das pressões, sempre desempenhou seu papel com firmeza. Tanto que sua delegacia foi desativada por um grupo político que, ao que tudo indica, se sentiu incomodado com sua atuação.
Eita! Mais um capítulo dessa novela política que não para de render.
02/06/2025 às 08:37 – Por Andros Silva