O atentado terrorista recente em Brasília não se sabe ainda se foi obra isolada de um autor, Francisco Vanderlei, candidato derrotado a vereador quatro anos antes pelo PL, ou se contou com a participação de outras pessoas a serem investigadas sobre a danosidade do seu comportamento. Evidenciou-se, até agora, que o terrorista quis ser herói de si mesmo e destruir a democracia com uma trapalhada que seria hilariante se não fosse trágica.
O infeliz episódio, manifestação evidente de ódio descabido, não intimidou aos Ministros do STF, feitos à prova de susto, nem aos Parlamentares, nem ao Presidente da República, que devem prevenir-sem contra outras tentativas mas nunca se deixarem possuir pelo medo de exercitarem suas funções. O atentado foi programado para ser suicida, portanto poderia ter produzido consequências mais desastrosas.
O terrorista agiu mal, entretanto ensejou um bem semelhante ao do vidraceiro que sonhou ser ladrão mas contentou-se com o pedaço de vidro retirado da vidraça e ausentou-se ignorando as joias que ficaram desprotegidas. O joalheiro descobriu que a segurança falhara.
A desgraça voltou-se contra a família de Francisco Vanderlei qual bumerangue que retorna ao ponto de partida. A desditosa viúva deixada por ele incendiou a própria casa, não morrendo porque foi socorrida a tempo de permanecer viva, sofrendo queimaduras do primeiro ao terceiro graus. Os investigadores certamente vão reinquiri-la, interessados em saber sobre os motivos reais de seu desatino.
José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal
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18/11/2024 às 09:29