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Governança e humildade


Jesus, no sermão da montanha, em uma de suas bem-aventuranças ensinou aos discípulos e à multidão que se acercava dele: “Bem – aventurados os pobres de espírito; porque deles é o reino dos céus”. A expressão “pobres de espírito” no entender de Eliseu Rigonatti, em sua obra o evangelho dos humildes, significa, para o mundo, “os humildes, os modestos, os bondosos, os quais colocam os deveres da fraternidade acima de tudo”.

Sede humildes, meus irmãos, com os desfavorecidos da sorte, os necessitados de ajuda e atenção, mas não vos deixeis humilhar pelos prepotentes de qualquer sorte, os que se julguem mandantes do mundo, os imperadores natos da humanidade.


É caridoso e necessário ensinar a todos, mesmo aos governantes eleitos pelo povo que amor ao próximo, respeito e suavidade no trato, devem incluir-se nas interrelações humanas, sendo cruel excluir essas virtudes até no exercício da função governamental, onde a hierarquia é o poder de mando adquirem legitimidade. 

Quem ordena aos subordinados com brutalidade e trata aos concidadãos desdenhosamente, transgride a lei de Deus e a dos homens, é um tirano. A ninguém é dado brutalizar os outros, esteja no exercício de qualquer poder. Garante o ordenamento jurídico o revide em legítima defesa.

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José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

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06/01/2024 às 11:17

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