O advogado Paulo Farias, rebateu a nota de resposta da Prefeitura do Cabo. Farias, que é suplente de vereador na cidade hoje comandada por Keko do Armazém, disse que a nota enviada para este Blog pela assessoria de imprensa da administração municipal foi “escrita por advogados” na tentativa de “enganar a opinião pública, tentando desclassificar a investigação aberta pelo Ministério Público Federal (MPF), como mero procedimento administrativo.”
“Ora, à luz da boa doutrina jurídica, as investigações e os inquéritos nada mais são do que “procedimentos administrativos”. Essa é a natureza jurídica das investigações. Alegar na nota que o MPF reconhece não haver “irregularidades” é tentar induzir a todos ao erro, é uma falácia. Na verdade, não poderia o MPF pré-julgar. Eles solicitam os documentos, para só depois, concluir o procedimento”, explicou Paulo.
Enfático, Farias ainda afirmou: “Todos no Cabo sabem e viram, a forma irresponsável, ímproba e atabalhoada que o prefeito Keko do Armazém fez as entregas de donativos “às vítimas” das enchentes de maio de 2022, feita sem qualquer critério, no meio da rua, pelo próprio prefeito, em cima de um caminhão, quando as entregas deveriam por lei, ser feitas após cadastro e parecer de assistentes sociais. Keko do Armazém aproveitou, inclusive, para tirar proveito político, praticando o que chamamos de Selfie da Caridade.”
O advogado ainda disse não ter dúvidas que “ao final da investigação do MPF Keko será responsabilizado por mau uso de recursos federais.” O Blog segue aberto para a prefeitura, caso queira se manifestar, se defender novamente.
25/02/2023 às 21:30 – Por Andros Silva
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