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Resíduos sólidos, problema ou oportunidade?

Limpeza urbana, coleta seletiva, reciclagem, reaproveitamento, destinação e disposição final dos resíduos sólidos “lixo” das cidades, é um dos maiores gargalos de uma gestão pública, principalmente de uma grande cidade como Jaboatão dos Guararapes. Entendo que precisa ter realmente bons projetos pois, em 2018, o país gerou cerca de 79 milhões de toneladas de resíduos, de acordo com a Global Sólidos Consultoria. Deste total, somente 3% é de fato reciclados segundo estimativa, no entanto o potencial pode ultrapassar em muito os 40%.

A segregação na fonte é o grande caminho para o melhor aproveitamento das matérias desde que a polução participe de forma efetiva, geralmente o trabalho de varrição e coleta é feito por empresas terceirizadas, se fazendo necessário, uma fiscalização competente, com um bom gerenciamento pois, a população precisa acreditar e confiar na prestação do serviço.

Sabemos que existe uma Política Nacional de Resíduos Sólidos definida pela Lei federal 12.305/2010, bem como no ODS 11 uma das metas faz referência aos resíduos sólidos. Por tanto não se trata de um projeto isolado, mas de uma política pública do povo, com e para o povo, pois a educação ambiental e tais políticas tem cunho social, econômico e ambiental.

O “lixo” ainda é um problema para muitas cidades e até países! No entanto pode ser uma oportunidade de ouro para a geração de riqueza e emprego em um momento onde contamos com tantos desempregados. Pernambuco por exemplo ainda conta com mais de 50 lixões a céu aberto e uma metrópole como a nossa cidade Jaboatão reciclar só 3% do seu lixo é inadmissível, antes tarde do que nunca, chega agora esse mega projeto da prefeitura que esperamos que traga grandes resultados.

Entendo que podemos chegar a muito mais do que 30%, e que a prestação do serviço de limpeza urbana melhore em nossa cidade, tendo em vista que não é um dos melhores. O Brasil perde R$ 14 bilhões por ano com a falta de reciclagem adequada do lixo. Imagine nossa Jaboatão!

São milhões de toneladas de resíduos sólidos que, ao invés de gerarem dinheiro e emprego, acabaram descartados no meio ambiente. Os dados são da Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais).

Fernando Moreira, ex-coordenador de limpeza urbana e coordenador do MPJQ

29/07/2021 às 19:43

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