Foto: Carolina Cabral/Getty Images

A Venezuela prepara-se para a guerra

Presente-se, na Venezuela, a ameaça terrificante de “uma guerra aos narcotraficantes” com bombardeio a barcos supostamente carregados de drogas, navegando em águas internacionais, que demandariam o território dos EUA. 29 mortos e 2 sobreviventes: morticínio documentado com imagens impressionantes do fogaréu a consumir o alvo das bombas.

Difícil explicar como duas pessoas coisificadas, rebaixadas à condição de lixo desumano, escaparam ao despedaçamento e à cremação em vida. “Bandido bom é bandido morto”, diriam os defensores do extermínio. As pessoas civilizadas, entretanto, indagariam sobre as provas do tráfico ilícito de drogas e da responsabilidade penal dos supostos criminosos. Qual a natureza das cargas transportadas? Como saber que eram drogas se não foram periciadas?


Os venezuelanos, ao invés de aproveitar o ensejo para expulsar o ditador Nicolás Maduro, munem-se do restinho do amor próprio e do patriotismo para defender a soberania do seu país, armando-se de fuzis, espingardas, foices e facões, exibidos pela TV em reportagem recente da Globo.

Para surpreender o inimigo, o principal arsenal de guerra mantém-se sob rigoroso sigilo: machados, tacapes, lanças, arcos e flechas. Que desvario; o exército norte-americano vai morrer de rir!

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José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

Contato: jsiqueirajr@yahoo.com.br
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18/10/2025 às 13:34

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