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A trégua entre Israel e o Hamas, para liberar os reféns, alimenta a esperança de paz


É preciso não confundir as pessoas de nacionalidade palestina com os integrantes do Hamas. A maioria do povo palestino almeja fixar-se em território próprio, constituir um Estado soberano, governo incontroversamente reconhecido e ordenamento jurídico independente. Isso é justo, incensurável, considerando a sua história e as suas raízes.

O Hamas não é um povo, é uma organização enquistada entre os palestinos, semelhante a outras com objetivos de domínio internacional e conduta absolutamente reprovável tipo atentado do 11 de setembro às Torres Gêmeas (EUA).

Critica-se Israel por bombardear a Faixa de Gaza habitada por civis nas adjacências do hospital onde eram tratadas as vítimas da guerra, a exemplo dos feridos e dos infantes nascidos prematuros como frutos verdes do medo das gestantes. Na invasão pelas tropas israelitas às instalações hospitalares constatou-se existirem um arsenal bélico e dois cadáveres insepultos de reféns nos subterrâneos daquele nosocômio.

Israel, antes de atacar o norte da Faixa de Gaza, avisou que iria fazê-lo e aconselhou à população que se transferisse para o sul com prazo curto. O Hamas não deu aviso prévio à Israel sobre o seu ataque, apanhando a todos de surpresa, até o serviço de inteligência israelita, confiado que a supremacia de força bélica do seu país o faria inatacável.

As operações últimas do exército israelense assemelham-se à amputação de um membro canceroso do corpo humano: dolorosa, mas necessária. Isso não quer dizer que o morticínio de crianças, mulheres (algumas grávidas) e idosos mereça aplausos. Aplaudir mesmo só à celebração da paz, que pode estar a caminho com a trégua negociada para a troca de presos e reféns.

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José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

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22/11/2023 às 17:29

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