Foto: Moa Almeida

A alma cantante de Preta Gil libertou-a da matéria padecente

Mais forte do que a dor da enfermidade, ela riu do sofrimento, encarou a impermanência de frente. Esperançosa de um milagre, lutou pela vida sem temer a morte, entregou-se de bom grado aos desígnios de Deus e às possibilidades curativas que Ele conferiu à medicina.

Preta Gil amou lindamente a humanidade, guerreou, indignada, os preconceitos de todos os impérios e matizes que ofendem as pessoas pela parcimônia dos haveres, a cor da pele ou as emblemáticas tonalidades do arco-íris.

Armou-se da franqueza e do sorriso, da musicalidade, da arte e da poesia, para exprimir a irresignação com as desigualdades sociais. Abraçou, destemida e calorosa, as minorias discriminadas e sofridas, afrontando a crítica hipócrita e a maledicência dos falsos puros.

Vai com Deus, Pretinha. Gostaríamos que ficasses por mais tempo, entretanto, já deste o teu recado, plantaste o bom exemplo. Tua história está concluída, mensageira do bem, muitos ouviram o teu chamado.

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José de Siqueira Silva é Coronel da reserva da PMPE
Mestre em Direito pela UFPE e Professor de Direito Penal

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21/07/2025 às 12:18

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