UPA de Engenho Velho fechada e com cadeado no portão. Foto: Andros Silva

UPA de Engenho Velho tem atendimentos suspensos novamente e revive lembrança das chuvas de 2022

Em maio de 2022, a Unidade de Pronto Atendimento Carlos Wilson, mais conhecida como UPA de Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, foi duramente atingida pelas chuvas que devastaram o município naquele ano. O prédio precisou ser fechado e passou por uma ampla reforma, enfrentando um dos momentos mais difíceis desde sua criação.

A retomada dos atendimentos aconteceu no dia 8 de agosto daquele mesmo ano, com direito a um discurso emocionado da irmã Fabíola Alencar, presidente da Fundação Manoel da Silva Almeida, responsável pela gestão da unidade e também de instituições como o Hospital Maria Lucinda.

“A palavra do dia é gratidão. Gratidão pela reabertura desta unidade, por todos os funcionários e pelos coordenadores da unidade e da FMSA. Que vocês continuem firmes no trabalho e atendam a população com carinho e zelo. Que as pessoas que entrarem aqui sejam bem acolhidas, porque esta é a missão da Fundação: acolher com profissionalismo e amor a todos os pacientes”, afirmou Fabíola na ocasião.

Unidade alagada após fortes chuvas. Foto: Cortesia/Arquivo

O superintendente-geral do Hospital Maria Lucinda, Luiz Alberto de Araújo, também fez questão de registrar seu sentimento. “Reabrir estas portas nos dá uma sensação de prazer e alegria, porque sabemos da importância que esta unidade tem para a população local. Também parabenizo e agradeço a todos os funcionários da unidade, das outras UPAs, do SAMU e do Corpo de Bombeiros que se dispuseram a nos ajudar a salvar os pacientes que estavam em atendimento no dia da enchente, bem como agradeço a todos que colaboraram para a reabertura desta unidade”, disse ele.

Dois anos se passaram, mas neste sábado, dia 17, a unidade voltou a exibir em sua entrada um aviso preocupante. Por meio de uma placa fixada na porta, informou que os atendimentos estão suspensos temporariamente por conta da previsão de novas chuvas fortes.

A decisão traz à tona lembranças difíceis daquele cenário caótico de 2022. Não é exagero, tampouco alarme desnecessário, reconhecer o medo que essa possibilidade desperta. O sentimento é de apreensão, mas também de fé. Uma torcida silenciosa para que a cidade não volte a enfrentar o mesmo drama.



17/05/2025 às 21:24 – Por Andros SIlva

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